Poesia na Panela I
Três vezes céu...
Do pedaço do terraço caótico de Ser
Vejo as estrelas na constelação do infinito
Só não consigo ver realmente quem sou...
...
Eu sou um sonho.
Decerto, azul é o que for sereno e manso
Cores raivosas rangendo dentes
Na noite de poesia colorida
Implorando à lua que nunca se apague
E num instante de tempo,
Num átimo do espaço
Encontro-me
E penso que completo sou em mim
Mas, que surpresa
Em mim faltam os outros.
Vivendo desilusões inacreditáveis
E talvez acreditando que num dia
Acharia o que nunca procurei
Mesmo tentando não amar, amei...
Só amei...
E ali achei o que talvez procurasse
Família não é sangue, é sintonia
Fina
Como finas são as veias sob a pele envelhecida
E a velha que abençoa a vida
Vive a amar, a amar...
E quem lhe ama não pára de abençoar.
Viver é não ter a vergonha de Ser
Feliz
Cantar e cantar a beleza de Ser:
Um eterno aprendiz.
Você pode ser grande
Mas não tem o poder
Enquanto posso ser pequeno
E a vida ensina-me a crescer.
Hoje...
Hoje não amo,
Não...
Mas hoje não sei
Do dia de amanhã...